PRESTADOR DE SERVIÇOS PJ – É POSSÍVEL?

O Prestador de Serviços PJ se tornou uma tendência no mercado de trabalho. Entenda como funciona esse regime de trabalho e tire suas dúvidas!
Se você já está no mercado de trabalho há algum tempo, já deve ter notado a presença de um profissional que presta serviços de forma fixa na sua empresa, atuando como uma PJ.
É uma prática que vem se tornando cada vez mais comum e, em diversas ocasiões, pode parecer vantajosa para o empregado. No entanto, é preciso ficar atento aos problemas que esse regime de contratação pode trazer.
À primeira vista, a remuneração do regime PJ se torna um grande atrativo para o empregado, que se dirige todos os dias à sua empresa, cumpre seu horário de trabalho e, ao fim do mês, recebe seu salário normalmente. E, de fato, a remuneração da PJ é maior que a do regime CLT.
Porém, isso não significa que o sistema seja tão benéfico quanto o regime CLT, ou mesmo mais vantajoso.

PRESTADOR DE SERVIÇOS PJ – SEM BENEFÍCIOS

Para que um empregado se torne PJ, este deverá aceitar ser demitido pela empresa, o que acarreta a perda do vínculo CLT, a fim de ser contratado como pessoa jurídica. Entretanto, para que isso aconteça, o funcionário deve estar disposto a renunciar a diversos benefícios, como férias, o décimo terceiro salário, o fundo de garantia por tempo de serviço, dentre outras coisas. Na prática, significa que o empregado deverá arcar com custos que antes eram custeados pela empresa.
Com o advento da Reforma Trabalhista, essa opção ganhou maior destaque e popularidade, em vista dos riscos e da falta de informação do atual sistema de trabalho.
Em alguns casos, inclusive, o funcionário nem sequer possui uma opção. É uma questão de “pegar ou largar”.
Se a perda desses benefícios ainda não parece tão grave, é preciso saber que, caso opte por tornar-se um prestador de serviços PJ, você também perderá o direito ao auxílio-doença, caso você precise se afastar por motivos de saúde.
No caso do prestador de serviços PJ, a aposentadoria também fica de lado, assim como quase todos os benefícios que alguém contratado dentro do regime CLT possui direito.
A relação empregatícia entre empresa e funcionário é quase inexistente e, por isso, o empregado possui maior autonomia para com os seus horários. Apesar de, por um lado, ser um atrativo, esse também é um fator que reduz as possibilidades de crescimento dentro da empresa, dada a flexibilidade que o prestador de serviços PJ possui para escolher outro emprego, caso seja da sua vontade.
Indo além, podemos destacar que o salário, que é 40% maior, não significa que o funcionário irá receber muito mais do que já recebe. Isso acontece porque até 17% do salário pode ser destinado aos impostos.
Isso não significa que a escolha desse regime de trabalho vá ser ruim para o funcionário. Se esses fatores forem de menor importância ou houver o desejo de trabalhar como um prestador de serviços PJ por um período de tempo relativamente curto, uma opção bastante procurada para ajudar nas economias.
Por fim, o prestador de serviços PJ precisará de um contador, caso deseje abrir uma empresa. Nesse caso, deverá destinar parte do seu salário para garantir que todas as funções contábeis sejam cumpridas com perfeição.

CONCLUINDO

Apesar de possível, a prestação de serviços como PJ pode se tornar um verdadeiro pesadelo para o empregado que deseje mudar de regime trabalhista sem se informar sobre os benefícios obtidos e aqueles sobre os quais perderá o direito.
O sistema pode ser bastante vantajoso, mas é preciso ter cuidado com as intenções dos empregadores e garantir que as relações trabalhistas sejam, de certa forma, mantidas, garantindo a estabilidade do seu emprego.
Em caso de dúvidas, você pode entrar em contato com a Capital Contabilidade. Temos o que você precisa para solucionar seus desafios contábeis.
Leia mais sobre a importância da contabilidade para prestadores de serviços.
Sucesso e até logo!